Pergunto me como é possivel após a luta da geração dos meus pais pela liberdade...estar actualmente à frente da Câmara do Porto alguém com um perfil profundamente ditatorial do qual as decisões tomadas unilateralmente terão de ser aceites sem espaço a qualquer tipo de discussão, porém na minha opinião ultrapassou todos os limites do razoável ao cortar luz, reduzir água, fechar a porta lateral e impossibilitar de todo a expressão de uma opinião.
É a cultura um importante motor de evolução de mentalidades, e por isso mesmo faz parte de uma série de alvos a abater num regime ditatorial em que se previlegia o espírito de rebanho. Opção esta tomada pelo actual presidente da câmara desde o seu primeiro mandato preocupou se em criar actividades de espalhafato(onde está incluida a destruição parcial da Av. da Boavista em prol de uma corrida de carros ou do constante fecho de espaços culturais). O porquê desta tentativa de fechar os olhos a uma população descrente devido às dificuldades que o Porto está a ultrapassar (é uma das cidades Portuguesas menos competitivas), porém a energia de uma cidade, o seu desenvolvimento, crescimento económico e consequente colocar de parte o macro-umbigo da gestão advém de uma mentalidade que se torna fértil em terrenos onde se valoriza a Cultura e a Educação, em suma a cidadania. Cidadania que um Presidente autista não compreende e coloca em questão importantes pilares conquistados Liberdade de Expressão e sobretudo o fruto do conhecimento e do desenvolvimento a discussão de propostas e a receptividade em ouvir opniões distintas que ampliem o nosso campo de visão.
Tiago Veloso Dias
1 comentário:
Mas ainda assim, há que considerar que o que está em questão não é o encerramento do Rivoli mas sim a entrega da sua gestão a privados. O que poderá ser do desagrado de alguns mas que não tem que ser entendido como um ataque à Cultura. Entendo as actividades culturais como algo que poderá ser do interesse privado, dado que deverão ter em consideração o sucesso, ou seja, as pessoas que conseguem motivar pela sua qualidade interesse, e não uma concepção de actividades realizadas para elites e nas quais a fraca adesão é motivo de orgulho do artista.
E tenho dito!
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